segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Os olhos postos na beleza




















Trafalgar Square, 23 de Dezembro de 2007


Tenho sempre os olhos postos em imagens bonitas.
Esta ilustrou um momento importante em Trafalgar Square, antes do Natal.
Entornei metade do meu copo de café em cima da roupa, nesse dia, mas valeu a pena.
Parto por isso para o novo ano com esta imagem dentro de mim. Faço-me assim acompanhar da decisão de ser feliz a partir daqui.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

estradas de sol

Estrada I'bane/Barra (Moçambique, Setembro 2006)



Estradas de sol!
São feitas para mim,
são feitas, que eu sei.
Mas lá donde vim,
Não as encontrei.
Estradas de noite,
que não procurei!
Mas foi por estradas
da noite, isoladas,
que eu aqui cheguei.
Estradas de bruma
acaso as sonhei?
Para aqui chegar
quantos véus rasguei!


Natália Correia

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

rua de trás




















Aqui venho todos os dias, buscar um latte a ferver, que esfria convenientemente pelo caminho. Este do Dorringtons é bonzito, embora o meu preferido seja o do Starbuck. Menos quando é a minha amiga Roca que o tira no Caffe Primo. Quando quero voltar a sentir o gostinho da meia de leite à boa maneira lusa, desço a rua até ao café português e aproveito para comer também um rissol.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Natal 2007




















A antecipação do Natal é muitíssimo mais rica do que a festa em si. Há expectactiva, cor, dinamismo, deixamo-nos arrastar por todos os encantadores pormenores que começam na iluminação das fachadas das casas e passam pela mesa, incluindo o serviço colorido, a decoração, a opulência das árvores e da imensa pilha de presentes.
Não nos chega juntar a família, as pessoas de quem gostamos. Não nos chega oferecer um bom jantar e alguma coisa que lhes faça falta ou que as faça comprovar que nos lembramos delas. Não nos chega vestir bem, comer bem, gastar bem. Não. Temos que nos empenhar num espectáculo emocional em que toda a sociedade participa, com cargas constantes de adrelina embrulhada em papel vermelho e verde, animações com estrelinhas e explosões, muitos pais natais sorridentes e carregados de energia.
Usamos tudo o que temos e não temos à mão para elevar as nossas expectativas e, no dia seguinte, não podemos evitar julgar o resultado pela completa ausência da encenação que levámos mais de um mês a construir como se nada mais importasse no mundo.