terça-feira, 30 de dezembro de 2008

receita

acreditasse eu na palavra felicidade... e acertaria nas medidas :)
felicidade tem uma sonoridade muito própria, reverbera-me pelos ouvidos e cabeça de forma muito peculiar. negativa.
fico-me com: alegria, contentamento, euforia, desafios, ...
(kasca de noz)

Um dia decidi ser feliz. Assim, sem mais nem menos, cansei-me da angústia, da pressão, da tristeza e de todas as coisas que não queremos para nós nem para os outros, mas que teimamos em arrastar atrás de nós uma vida inteira.
E comecei a ser feliz. Com toda a simplicidade, tomei uma decisão e passei a viver de acordo com ela.
Se há ano e meio atrás me dissessem que a felicidade é apenas uma questão de optar por uma forma de estar na vida, teria achado que ainda há mais maluquices entre o céu e a terra do que nos dão a ver os nossos olhos.
O certo é que a solução é tão simples que nos parece completamente inverosímil. Estamos tão habituados a cultivar o negativo que nem nos lembramos da hipótese contrária.
Afinal, se passamos tanto do nosso tempo a desejar a felicidade, por que razão não pomos esse desejo em prática? O que nos impede? E quem e o quê?
Nada. Absolutamente nada. A felicidade está aí para ser vivida, tal como milhões de outras coisas que nos interessam ou não. Por que raio de tortuoso malabarismo mental nos consideramos tão incapazes de viver em felicidade?
A resposta a essa pergunta já não me interessa. Porque deixei de me questionar e desejar para me deixar, tout court, arrastar pela vivência do que realmente busco e me apaixona.
Essa foi a minha receita para a felicidade, que aqui passo à Ka, que não acredita na palavra.
Tenho para mim que as palavras são mágicas e que quando elas nos apaixonam, tudo é possível. Tenho para mim que tu, Ka, que tanto gostas de palavras e que deixas que elas te apaixonem, também podes ouvir esta palavra felicidade da forma que eu a ouvi e deixar que ela te soe como tanto gostas que as palavras te soem.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

palavras felizes

Hoje acordei feliz. Nem sei bem porquê, mas feliz.
O Natal também foi feliz, passado como o desejei, com as pessoas que queria rever. Nem sempre é possível, mas este foi assim, bem disposto e sereno.
Não corri para comprar uma única prenda, não recebi enormidades, mas fui abraçada, mimada e contemplada com conversas longas, temperadas com muitas pequenas provas de amizade.
Gastei muitas palavras, como gosto. Ouvi muitas mais, como também gosto. Haverá melhor forma de encerrar um ano?