segunda-feira, 30 de julho de 2012

arte sem crise


A arte, a criatividade, nunca entram em crise nem deixam de ter adeptos. Nem durante conflitos bélicos, nem colapsos económicos, nem desastres naturais. Há uma disposição natural nos artistas que os faz levantar de todas as quedas e continuar a criar. Por instinto, sabem que aquilo em que sonham é para concretizar e fazem-no toda a vida, especialmente nos momentos difíceis. Não é complicado de entender e é um exemplo a seguir.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

106 observatórios

Também não sabia que havia tantos:



Observatório do medicamentos e dos produtos da saúde
Observatório nacional de saúde
Observatório português dos sistemas de saúde
Observatório vida
Observatório do ordenamento do território
Observatório do comércio
Observatório da imigração
Observatório para os assuntos da família
Observatório permanente da juventude
Observatório nacional da droga e toxicodependência
Observatório geopolítico das drogas
Observatório do ambiente
Observatório das ciências e tecnologias
Observatório do turismo
Observatório para a igualdade de oportunidades
Observatório da imprensa
Observatório das ciências e do ensino superior
Observatório da comunicação
Observatório das actividades culturais
Observatório local da Guarda
Observatório de inserção profissional
Observatório do emprego e formação profissional
Observatório nacional dos recursos humanos
Observatório regional de Leiria
Observatório permanente do ensino secundário
Observatório permanente da justiça
Observatório estatístico de Oeiras
Observatório da criação de empresas
Observatório têxtil
Observatório da neologia do português
Observatório de segurança
Observatório do desenvolvimento do Alentejo
Observatório de cheias
Observatório da sociedade de informação
Observatório da inovação e conhecimento
Observatório da qualidade em serviços de informação e conhecimento
Observatório das regiões em reestruturação
Observatório das artes e tradições
Observatório de festas e património
Observatório dos apoios educativos
Observatório da globalização
Observatório do endividamento dos consumidores
Observatório do sul Europeu
Observatório europeu das relações profissionais
Observatório transfronteiriço Espanha-Portugal
Observatório europeu do racismo e xenofobia
Observatório dos territórios rurais
Observatório dos mercados agrícolas
Observatório virtual da astrofísica
Observatório nacional dos sistemas multimunicipais e municipais
Observatório da segurança rodoviária
Observatório das prisões portuguesas
Observatório nacional da diabetes
Observatório de políticas de educação e de contextos educativos
Observatório ibérico do acompanhamento do problema da degradação dos povoamentos de sobreiro e azinheira
Observatório estatístico
Observatório dos tarifários e das telecomunicações
Observatório da natureza
Observatório da qualidade
Observatório da literatura e da literacia
Observatório da inteligência económica
Observatório para a integração de pessoas com deficiência
Observatório da competitividade e qualidade de vida
Observatório nacional das profissões de desporto
Observatório nacional da dança
Observatório da língua portuguesa
Observatório de entradas na vida activa
Observatório europeu do sul
Observatório de biologia e sociedade
Observatório sobre o racismo e intolerância
Observatório permanente das organizações escolares
Observatório médico
Observatório solar e heliosférico
Observatório do sistema de aviação civil
Observatório da cidadania
Observatório da segurança nas profissões
Observatório da comunicação local
Observatório de jornalismo electrónico e multimédia
Observatório urbano do eixo atlântico
Observatório robótico
Observatório permanente da segurança do Porto
Observatório do fogo
Observatório da comunicação
Observatório da qualidade do ar
Observatório do centro de pensamento de política internacional
Observatório ambiental de teledetecção atmosférica e comunicações aeroespaciais
Observatório europeu das PME
Observatório da restauração
Observatório de Timor Leste
Observatório de reumatologia
Observatório da censura
Observatório do design
Observatório da economia mundial
Observatório do mercado de arroz
Observatório da DGV
Observatório de neologismos do português europeu
Observatório para a educação sexual
Observatório para a reabilitação urbana
Observatório para a gestão de áreas protegidas
Observatório da sismologia
Observatório nacional das doenças reumáticas
Observatório da caça
Observatório da habitação
Observatório do emprego em portugal
Observatório Alzheimer
Observatório magnético de Coimbra

terça-feira, 24 de julho de 2012

coisas inexplicáveis

Houve quem, numa aula de marketing, me tivesse explicado que quem compra revistas são maioritariamente mulheres. Não sei se essa verdade se mantém, sobretudo em época de crise e de homens a manterem mais empregos que as mulheres. O certo é que nunca percebi por que razão é que a maioria das capas das revistas, especialmente as dedicadas ao público feminino, eram com mulheres. Sempre em poses e com olhares fatais, tentadores, provocadores.Pergunto-me se a aposta nessas imagens de mulheres tentadoras para outras mulheres foi consciente e, se em algum momento passou realmente pela cabeça dos editores que estavam a educar a geração lésbica mais out e chic de toda a história conhecida.
Mais inexplicável que a obsessão absurda de mulheres coquetes e desafiadoras (que depois se querem castas e entediantes em casa..) nas capas das revistas femininas e masculinas, são os anúncios de rapazinhos desajeitados, gorduchos, atacados de acne, feiosos e com falta de confiança que ficam a babar pelas meninas de tanga reduzida que gostam de cerveja gelada, desodorizante masculino e carros que os gajos gostam de ter. Que diferença há entre a objectificação da menina da playboy e da playmate que supostamente farão os meninos mal sucedidos correr para as casas de banho (onde a actividade não é propriamente o alívio intestinal), e a dos rapazinhos pouco cool que se babam com aquilo que não é obviamente para eles?

quinta-feira, 19 de julho de 2012

faunos à espreita?

Não é o Karate Kid, mas o Tio Sam com medalhas nos mamilos, digno de figurar em qualquer ousado desfile pelos direitos lgbt. Uma escolha no mínimo interessante, esta do The Economist, para mais uma ronda de lamúrias sobre a economia dos States e o vírus altamente contaminante da velha e alquebrada economia europeia o artigo lê-se aqui). Alguém terá ainda pachorra para o discurso eu não fui dos cérebros estado-unidenses sobre a culpa do euro no esquema de pirâmide que eles próprios inventaram para vender casas, seguros e hipotecas das mesmas, e levar a economia global ao estado de falência em que se encontra? A economia made in USA está robusta como o power body do hunk que posou para a foto de mamilos decorados? Mas a cabeça, decorada com uma barbicha de velho bode quer dizer o quê? Que o fauno não é o que parece? E acham que não sabemos? Que outros esquemas Ponzi, Matrix e piramidais vão lançar a seguir as Moodys do Novo Mundo? Muitos deméritos para esta chalaça do The Economist.

terça-feira, 17 de julho de 2012

boas notícias

Foto MMFerreira
As boas notícias são que há um cachorro vega na roulotte de cachorros quentes da Boca do Inferno, em Cascais. A cerveja não é suficientemente fria, mas a vista compensa. A música é massacrante, mas às vezes pára. Vêm-se cargueiros e veleiros ao largo, gente a passar para lá do sinal de Perigo de derrocada, colocado bem à frente da falésia, para ir fotografar a fazer equilíbrio em rochas instáveis e de preferência de chinelitos a escorregar no pé. Se pusessem lá um sinal a dizer Cuidado com a crise, era igual. Ninguém ligava. Não me surpreende pois que, mesmo com telejornais apocalípticos vinte e quatro horas por dia, ninguém se rale verdadeiramente com a economia em jeitos de equilibrista barata de circo de quinta categoria. A vista é boa, o País está de férias e não precisamos de melhores notícias. Os incêndios criminosos já disputam manchetes e aberturas de noticiários, mas há tanta festa alive e super qualquer coisa, com tanta gente famosa, bonita e bem vestida, que nada pode estar verdadeiramente mal. Em três quartos de hora a mastigar salsichas com molho picante, batata-palha e cebola frita, a acompanhar a cerveja quase fresca em copos de plástico que não se aguentam com o vento, sete pessoas passaram o sinal de derrocada para fotografar as rochas do Inferno e nenhuma caiu por ali abaixo. O Universo tem, definitivamente, uma tendência para o equilíbrio.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

bandeiras

foto MMFerreira
Gosto de bandeiras e desta muito em especial. Sempre achei feliz a combinação verde e vermelha. Tem uma boa vibração, energia, é jovem e sempre me cativou. Também gosto da esfera dourada, a lembrar valores e tesouros que vivem dentro de nós e, apesar de nunca ter sido católica em menina, entendo a simbologia das quinas e simpatizo com o que representam. Nunca me fez confusão vestir de vermelho e verde e nunca entendi a relutância de algumas pessoas em misturar as duas cores. "Pareces a bandeira", atirado como um estalo, foi coisa que nunca entendi. Que mal poderá advir de combinar na roupa as cores de um símbolo nacional? Nunca achei que fosse coisa de mau gosto, visto que esse é relativo e o pior mau gosto são determinadas imposições.
Acho mal que só nos lembremos da bandeira quando jogam os ronaldos e os figos desta vida, acho mal que se tenha de vergonha de abraçar o que se é. Acho que andamos demasiado preocupados com a vergonha e não levantamos os olhos vezes suficientes para vermos as cores da bandeira que nos inspira e seguir o seu exemplo, flutuando livremente ao vento, longe de gente de verdadeiro mau gosto e ministros cinzentos que preferem apostar em todos os subornos e chantagens exteriores, em vez de apostar na gente e no País que já têm.