quarta-feira, 19 de setembro de 2012

a verdade

A verdade é que não sou, nunca fui e não tenciono ser extremista. Nem sequer de esquerda ou de direita. Nem centrista. Nem nada que alguém me chame e que não tenha pés nem cabeça.
Bem sei que é difícil perder o hábito de chamar nomes às pessoas. Mas não é impossível. É um processo de aprendizagem e posso debitar sobre isso porque, a certa altura da minha vida, compreendi que etiquetar pessoas é chamar-lhes nomes, muitas vezes assim como quem diz palavrões. E a partir daí engajei-me no processo de parar de chamar coisas aos outros. Até a mim.
Por isso, quando me chamam extremista, só têm razão no sentido em que procuro levar as coisas tão longe quanto possível, quando me parece bem e meritório.
Já de esquerda ou de direita, centro, lateral, etc., talvez haja de facto idades em que tudo tem de ser mais 'sim ou não' para todos nós. Mas não cresceu a sério quem não consiga admitir que esquerdas e direitas e outros flancos têm todos os seus méritos e os seus deméritos.
O importante é ver o bom nos outros e compreender que quanto mais bons, mais hipóteses de lhes encontrar os respectivos inversos. Mas é assim a vida, um pacote de opostos que nos ensina a beleza de escolher e do livre arbítrio.
Já na política, que é o assunto a propósito do qual vem esta prosa, no momento actual é de grande maturidade entender que já ninguém vê as coisas a preto e branco. Que a altura não é de recorrer aos padrões da passada Guerra Fria, mas sim entender o esboço de novos modelos e abraçar novas propostas.
Além disso, está bom de ver que qualquer extremismo exige boas pernas, prontas para correr à frente de cargas policiais e outras reacções quejandas, coisa que não se coadugna com o inexorável avançar da idade. Prova da sensatez da Natureza, que trata de divorciar a boa condição física de uma maior acuidade mental, abrandando os excessos e remetendo-os para idades em que menos males podem causar sem a ajuda da experiência.
As flores, a contemplação, a tranquilidade e a cabeça nas nuvens sempre estiveram mais de acordo com as minhas expectativas de vida, os projectos e a felicidade com que me comprometo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

criar a nossa realidade

all rights reserved by Marita Moreno Ferreira
As cores têm o soberbo efeito de produzir sentimentos de conforto, tranquilidade, alegria, expectativa, energia. É bom sentir que temos capacidade para produzir novas realidades e torná-las parte de nós e da nossa vida. É assim que me sinto hoje, cercada por um jardim de luz e cor.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

amizades olguianas

"Friends" - by Marita Moreno Ferreira
Os afectos são uma enorme parte da minha vida. Senti-los tem a mágica virtude de me lembrar o lado bom da vida, que é onde quero estar. Hoje, aniversário de uma grande amiga, reservei-lhe este 'boneco' para lhe desejar a maior felicidade que ela conseguir aguentar.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

semáforo emocional.

Alguém teve a brilhante ideia de desenhar este semáforo. Simples e genial. Todos nós temos um semáforo destes e não lhe ligamos nenhuma. Quando está verde, em vez de avançarmos com confiança, porque sentimos que está tudo bem, hesitamos. Por que razão, se está tudo certo e não podíamos estar melhor?
Quando alguma coisa nos diz que devemos abrandar também não prestamos atenção. Ficamos com os cabelos em pé, custa-nos a abrir a boca para dizer seja o que for, mas o que fazemos? Continuamos...
Quando a coisa nos bate fundo e nem vontade nos dá de levantar de manhã, mesmo assim, recusamo-nos a ver a sinalização e não fazemos nada para fugir dali a sete pés.
O que é que se passa connosco, afinal? Quando é que deixámos de dar ouvidos ao que sentimos, aos preciosos sinais de trânsito que temos cá dentro? Por que razão pedimos um sinal dos céus, uma epifania, um milagre, se temos o sistema a funcionar dentro de nós e não o usamos?