segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

silêncio

"Silence" - MMF jan 2017
Quando o silêncio surge como uma explosão e o observador se torna súbita e maravilhosamente consciente do momento, da magnitude de que faz parte. Do que oculta um ténue véu de pensamentos que nos dispersa. E da força interior que é a verdadeira natureza de qualquer vida. 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

a arte de crescer

"Na companhia da morte" - Tic-Tac (Teatro Amador de Ciências), Porto
Uma pesquisa no Google sobre artes mostrou resultados sobre actividades artísticas e artes marciais. As primeiras eram as pretendidas mas, surpreendentemente, a linearidade do motor de buscas acabou por fornecer um fio condutor sobre as duas coisas.
Os agentes artísticos reclamam com frequência sobre o pouco público que vai ver o seu trabalho e do pequeno número de espectáculos que cada obra acaba por realizar. 
Sem minimizar o problema da sobrevivência, artistas e praticantes de artes marciais têm muito em comum.
Quem procura e pratica uma arte marcial fá-lo para seu próprio benefício, desenvolvimento pessoal e conhecimento. Faz tudo para se aperfeiçoar e sabe que os benefícios se seguirão. A satisfação que retiram de cada vez que mostram a sua evolução é garantida.
Do mesmo modo, o trabalho para um espectáculo é imenso e precedido de muitos anos de preparação. O resultado é igualmente aperfeiçoado ao longo do tempo e cada um deles manifesta as etapas do desenvolvimento do artista na sua disciplina de eleição.
O público, esse, numeroso ou não, também cresce com as construções nascidas da criatividade e entrega de cada apresentação.
O aperfeiçoamento pessoal está sempre presente para todos os intervenientes, em todas as formas de criação que observamos ou manifestamos. E o ganho é real, em uma ou muitas vezes que se repita o processo.
A vida e o trabalho enriquecem-se com a consciência do impacte que temos sobre uma ou muitas pessoas quando os exercemos e exprimimos com entrega e honestidade.

sábado, 7 de janeiro de 2017

sabendo a que sabe a natureza

"knowing how nature feels" - MMF jan 2017
Dentro de nós está a infinita parte do que somos. A matéria-prima capaz de transformar o mundo real na mais surpreendente das maravilhas ou num inacreditável inferno. Há que determinar todos os dias, todos os momentos, a orientação a dar à experiência que queremos manifestar. Escolho púrpuras e laranjas, explosões de cor com o respectivo eco emocional. Escolho a vida intensa do meu interior às tristes manifestações interiores. Termino e começo todos os dias com o maior dos agradecimentos pelas minhas escolhas. Sabendo a que sabe a natureza. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

prayers

"Prayers" - Jan 5, 2017
Desenhos, aguarelas, telas são orações. Não se devem entender como actos aleatórios de criatividade. Os dias em que não criamos são dias em que desperdiçamos a oportunidade de olhar para nós e honrar o potencial que temos. E quando manifestamos essa fonte inesgotável e a dedicamos a alguém, estamos a partilhar o que de melhor há em nós e revemos nos outros.