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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ai o amor...




Ai o amor, ai a rosa, ai, ai... E quando não é assim, assado também não queremos que seja, nem que saiba a rotina. Nada menos que estes arrobos apaixonados tão bem trabalhados pelos Mecano a propósito de um poema de Gertrude Stein (a frase Rose is a rose is a rose is a rose escrita no poema datado de 1913, Sacred Emily, publicado em 1922 no livro Geography and Plays).Amores intensos e de intensas condições, embora Stein só quisesse dizer que as coisas são como são, muito menos teatrais do que podem parecer na boca e nas canções inspiradas pelas paixões fulgurantes. Tudo isto a propósito do dia dos namorados que amanhã se festeja e para o qual preparei três cartões: um para a pessoa que me faz sonhar com arrobos românticos, com a felicidade partilhada e com a grande aprendizagem do amor incondicional; outros dois para duas pessoas que nasceram uma para a outra e tardam a reconhecê-lo, na esperança que o meu ilusionismo replique a intenção certeira de uma das setas de Cupido. Amores à parte, fica a sugestão para ocuparmos o nosso dia de amanhã com a hipótese de um cataclismo interior mais interessante que as cortinas de más notícias com que se subjugam pessoas menos propensas a deixar que a fantasia e o sonho guiem as suas vidas.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

amor e alegria incondicionais (NAAAS)

Ontem levaram-me de visita a uma quinta em Sintra onde funciona o NAAAS (Núcleo de Apoio a Animais Abandonados de Sintra). Mais uma iniciativa em que a solidariedade de algumas pessoas tenta compensar a indiferença e a maldade dos que se acham capazes de governar os outros.
Logo à entrada, um avô com a filha e dois netos a pedir para ficarem com o cachorro da família, Max, dois anos e meio de dedicação exclusiva e desinteressada a uma espécie que considera sua, a tremer entre as pernas da dona pela certeza do que lhe ia acontecer.
As histórias de quem abandona os cães são sempre de cortar o coração, o que acaba por acontecer a quem é abandonado e a quem tem de lidar com esse facto. A solidariedade é mais ou menos um subsídio que é devido a quem não tem direito, mas acha que o conceito foi inventado para lhes trazer mais uma vantagem qualquer.
O Max foi adoptado cerca de meia hora depois de ter sido abandonado. Teve sorte diferente das muitas dezenas de cães que o NAAAS abriga, alimenta, passeia e acarinha através dos seus voluntários. 
Durante a visita, a amiga que me levou não conseguiu reter algumas lágrimas. Ouvir as histórias de cada um dos cães que ali está, perceber a crueldade por que alguns passaram e o abandono a que são tão vulgarmente votados é mais do que suficiente para abalar qualquer coração.
O que vi, no entanto, foi a alegria com que a a maioria esmagadora deles salta, corre e aproveita o momento, porque estão vivos, abrigados e tratados. O amor com que saúdam as pessoas que deles tratam, a gratidão sem limites com que os reconhecem. 
Nós, que procuramos ajudá-los e temos pena deles, poucas vezes nos concedemos a mesma felicidade e passamos boa parte da nossa vida a tentar entender os conceitos que aqueles animais praticam: amor e gratidão incondicionais.

Muitos dos cães do NAAAS são velhos, doentes e estão ali há muito tempo. São os que têm menos chances de ser adoptados. Alguns deles ainda não desistiram de procurar nos nossos olhos um sinal de que os desejamos como companheiros e membros de direito de uma família. 
Poucos acreditam que o seu papel com a nossa espécie esteja terminado. Sabem ao que vieram e esperam com paciência que as suas almas gémeas venham ao seu encontro. Por isso, se acham que precisam do apoio incondicional de um amigo completamente dedicado, vão até lá e procurem os olhos dos que sabem aquilo que buscam.
O meu preferido foi o Alvim (na foto), que não olhou para mim porque é quase cego. Mas que mostrou bem, com a sua vivacidade, a certeza de que vai cumprir o seu papel de companheiro.

Vão até ao site do NAAS ou até à página no Facebook. Escolham o vosso companheiro ou apadrinhem um. Talvez as duas coisas. Comprem de vez em quando uma saca de ração e vão lá deixar. Ofereçam-se para passeá-los ou para encontrarem amigos que precisem urgentemente destes amigos. A vossa generosidade será amplamente recompensada de formas que nenhum dinheiro compra.