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sábado, 16 de fevereiro de 2019

muito mais

"muito mais" by MMF
Todas as pessoas têm o direito de viver as suas vidas sem serem forçadas a acreditar que há pequenos grupos de outras pessoas que têm o direito de decidir por elas e de explorar as suas capacidades para o seu benefício egoísta.
Parar para terem tempo de pensar nisso é um direito e uma obrigação. Para perceberem que existem muito pequenos grupos de outras pessoas que as fazem acreditar que devem obedecer cegamente a regras por elas criadas e que só servem para usufrutos abusivos desses grupinhos.
Os governos dos países, por exemplo, tornaram-se nessas coligações de indivíduos que, obedecendo a pares seus na crença de nasceram para se aproveitar de todos os outros, impõem regras e "verdades" absurdas sobre todas as coisas.
O planeta, a água, os alimentos, o ar e o espaço não se regem pelas leis e regras dos grupos de governantes ou dos açambarcadores de riqueza. Têm um equilíbrio muito bem delineado e, quando ele se altera, não vale a pena apertar as regras para salvaguardar os resultados defeituosos das formas de estar que parecem conceder apenas a alguns o usufruto de um mundo em que todos têm, originalmente, os mesmos direitos.
As obrigações podem ser resumidas ao simples respeito por tudo o que nos rodeia, e por todos, pela compreensão de que nada existe em isolamento, mas em colaboração.
É muito surpreendente assistir à permanente crença e obediência de todos a postulados que não lhes servem, que sentem como errados, mas que parecem ser totalmente incapazes de rejeitar. Só ficamos na mão desses grupinhos porque lhes entregamos a responsabilidade de nos governar e de nos explorar. 
Talvez porque a tentação da preguiça e da fuga à responsabilidade seja mais apetitosa do que a perspectiva de arrumarmos a nossa casa segundo as nossas crenças primordiais.
Ou porque nos recusamos a acreditar na intuição que nos sopra ao ouvido, todos os dias, que isto e aquilo não está certo. E isso parece ser o suficiente para nos paralisar em relação aos abusos cada vez mais cegos de uns poucos.
Uma pessoa não é o que definem governos, empresas, países, sistemas de exploração maciços. É um mundo inteiro, infinitas vezes superior a menorizantes conceitos descritos em alíneas e artigos de regras que têm de ser reduzidas a um mínimo de palavras para caberem e serem fáceis de consultar em manuais. Para serem fáceis de consultar por outras pessoas que acreditam que podem "na ordem" ditada por gente sem consciência ou imaginação.
As pessoas são muito mais do que se obrigam a sofrer. Há, com certeza, escolhas muito mais inteligentes e prazenteiras do que estas que pensamos estar a fazer pela nossa cabeça e não pelos ditames de interesses alheios.
Somos anjos resignados a viver em infernos que devem ser devolvidos aos respectivos remetentes, sem mais delongas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

grupos, separações e apegos

Green Tara, by Christine McDonnell
Há gente que embirra com grupos. Era o que faltava, rosnam quando falam de igrejas, religiões, maçonaria, claques de futebol, reuniões disto e daquilo, e opus várias.
Esquece-se da empatia natural que nos leva a juntar-nos a outros nos mais variados contextos. Da evidente necessidade de comungar coisas simples ou complicadas. De que nenhum indivíduo entra sozinho num paraíso, num céu ou nas esferas espirituais, pois essa é a mensagem que nos recorda fazermos parte de um todo que, a despeito das aparências, é a nossa essência divina, a nossa salvação ou reencontro com a inequívoca herança com o eterno: a unidade.
Essa é a verdade que preside à necessidade que temos de nos juntar em grupos e de partilhar o que temos em comum.
Quando fazemos parte de um grupo e, na sua dinâmica, introduzimos as diferenças, os pudores, os clubes adversários, as filosofias ou as religiões que antagonizamos, estamos a desprezar a sua função original e única, que é a de nos reunirmos no espírito, apesar de divididos na matéria.
Quando excluímos do nosso convívio de origem divina aqueles que têm formas diferentes de viver e de escolher é do nosso todo que separamos o que não nos agrada, mas que também faz parte da nossa identidade colectiva, da qual nunca estamos separados, mesmo acreditando nisso com os nossos olhos e emoções terrenas, materiais e limitadas.
O grupo sou eu e tu e todos os outros. O grupo é a nossa identidade única, de que todos fazemos parte e que nos leva, em primeiro lugar, a aproximarmo-nos dos outros, dos que nos completam como parte da alma colectiva que é o graal de todas as coisas.
Por isso, que sentido faz arranjarmos mais diferenças para justificar a separação, se o nosso único anseio é a comunhão e a totalidade, o contacto com o espírito eterno e infinito de que todos somos parte? Que sentido faz desligarmo-nos de alguém ou de outros grupos que reconheceremos, mais tarde ou mais cedo, que são o mesmo que nós?
Guerras santas e rivalidades são apenas uma forma de adiar o reconhecimento da plenitude, uma forma de apego ao material que temos o dever de reconhecer e erradicar como um obstáculo à felicidade.