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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Podemos ter calma?



Assim só a modos de apanhado: a igreja cientologista cria uniformes para os seus fiéis usando como modelo o estilo de Tom Cruise e Kate Holmes (link). Que excitação!
Na mesma onda: o assédio das religiões a tudo e a todos. Além do monopólio de Deus, pastores e imãs acham intolerável ter gente sem crença a viver no mesmo bairro, na mesma cidade, no mesmo país ou no mesmo planeta.
É assim como descobrir que o ioga (leia iÔga, senhor descrente!) é a insuspeitada cura para todas as maleitas.
Ah... Afinal o mundo é muita simples e nós e que teimamos em o complicar.
Por exemplo, a minha complicação passa por não me apetecer ser assediada por coisa nenhuma. Por preguiça de assediar seja quem for, seja para o que for. Mea culpa, sim. Não sou exemplo para ninguém e também não me sinto bem no papel de role model.
Haverá forma de me deixarem estar em paz e sossego com os meus ciclos viciosos mentais e existenciais? Posso não ter de os confessar nem em igrejas, nem em consultórios?
Safa... Isto de nos estarem sempre a tentar impôr qualquer modita é cansativo.
É como a obscena proactividade, que nos obriga a manter um desnecessário stress em qualquer trabalho, sob pena de nos desconsiderarem como inadequados para uma qualquer equipa que só lá está porque agora também é moda transformar tudo em equipa.
O stress mata e a envangelização também já provou ser mais do que perigosa ao longo de todas as épocas. Podemos ter calma?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

meia chávena de café com leite

Não sei quem é que inventou essa tolice redutora da proactividade, que só serve para manter dependências obscuras nas relações laborais. Provavelmente, algum tiranete saído da nova vaga de neo-escravos da produção em massa com aspirações a mago das boas práticas executivas.
Mais desconfio que devem pôr aditivos no café e no chá, para manterem os colectivos neurónios numa espécie de sintonia ansiosa: agradar-agradar, mostrar-provar, pro-actuar, pro-mostrar, agradar-agradar.
Fico-me, pessoalmente, por uma meia chávena de café com leite de manhã, em silêncio. O resto do dia é para me sentir bem, para de vez em quando para ouvir o vento e assistir à distância aos frenesins dos outros.
Será que têm consciência da figura que fazem na correria por vidas que nunca quiseram?