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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

transparentes, só hoje

Segundas são azuis. Pelo menos, a maior parte. A de hoje é vermelha. E amarela (com algumas notas de outras cores). Como se imaginássemos uma mandala a reunir alguns atributos necessários para esta segunda. Embora os atributos sejam sempre os mesmos, ainda que ofuscados por estados de espírito menos glamorosos.
Hoje é uma segunda em que vamos tentar fazer uma pequena batota e enchê-la de cores e crendices para nos motivar. Não vamos pensar em mudanças, porque elas acontecem mesmo sem trabalharmos activamente para as provocar. Vamos apenas seguir as tendências, como se a deslizar entre ondas e a deixar que nos levem para onde lhes apetece.
Transparentes é o que devemos ser hoje, a deixar que cores e texturas, misturas e tons fugidios se insinuem em nós. Só hoje, se puder ser, vamos permitir, sem dar luta, que tudo nos toque, atravesse e transforme. Como acontece todos dias, ao contrário da pretensão de que é ao contrário.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

maio, mulheres e vermelhos

"Starry  Women" by MMF

Maio é para as mulheres. O mês vermelho assenta-lhes que nem uma luva. Embora Março, o mês da guerra, queira monopolizar a cor. Maio é vermelho e das mulheres, definitivamente. Também é o mês das rosas que, como se sabe, tinham um trato com Isabel, a Rainha Santa, quando era preciso disfarçar o pão que seguia para os mais esfomeados.
Há sempre uma história de mulheres quando se fala no vermelho. Não precisa de ser vermelho-sangue, porque isso apela ao que pode haver de pior em qualquer um de nós. No meu caso, imaginá-lo ou vê-lo é suficiente para me desligar a consciência, mesmo em circunstâncias em que os olhos teimem em manter-se abertos.
Do lado masculino a apetência pelo vermelho fica-se essencialmente por gravatas, sapatos e uniformes desportivos. Acolhem muitíssimo melhor os pretos, cinzentos e azuis escuros com que se pavoneiam como se fossem uma força de elite, naturalmente promovidos pela farda das suas vidas.
Para as mulheres qualquer vermelho serve, sobretudo em Maio, altura em que a pujança da cor anima a vida para o resto do ano. O Maio da Maya não deixa os seus créditos nas mãos de outros. Viva Maio, o vermelho e as mulheres.
Já o mar da mesma cor é, normalmente muito mais da cor das grandes massas de água. O que é uma pena porque dá gozo imaginá-lo como um depósito de gelatina de morango com propriedades misteriosas e agradáveis, além de ser possível associar-lhe um aroma frutado.
O vermelho dos vinhos é outra conversa. Além da cor, o álcool adiciona mais uns pontos ao capítulo da energia, embora seja depois necessário compensá-lo com muita água e ainda mais juízo. Juízo esse que não se aplica a crenças por provar como as das luas vermelhas, a irritação dos touros quando vêem uma cor que de facto parece não ser por eles reconhecida.
Os magos também gostam dos forros vermelhos onde, em combinação com o negro, é fácil ocultar o que não deve ser visto. Será que a Rainha Santa recorreu A uma artimanha semelhante? Porque, como mulher, era senhora para isso, com toda a certeza.
De qualquer forma, quando se sentirem desanimados, pensem em vermelhos e, se possível, em tomar um copinho de néctar vermelho. Ou bailarinas de flamengo vestidas a rigor.  Flores de Natal?

quarta-feira, 4 de julho de 2012

bandeiras

foto MMFerreira
Gosto de bandeiras e desta muito em especial. Sempre achei feliz a combinação verde e vermelha. Tem uma boa vibração, energia, é jovem e sempre me cativou. Também gosto da esfera dourada, a lembrar valores e tesouros que vivem dentro de nós e, apesar de nunca ter sido católica em menina, entendo a simbologia das quinas e simpatizo com o que representam. Nunca me fez confusão vestir de vermelho e verde e nunca entendi a relutância de algumas pessoas em misturar as duas cores. "Pareces a bandeira", atirado como um estalo, foi coisa que nunca entendi. Que mal poderá advir de combinar na roupa as cores de um símbolo nacional? Nunca achei que fosse coisa de mau gosto, visto que esse é relativo e o pior mau gosto são determinadas imposições.
Acho mal que só nos lembremos da bandeira quando jogam os ronaldos e os figos desta vida, acho mal que se tenha de vergonha de abraçar o que se é. Acho que andamos demasiado preocupados com a vergonha e não levantamos os olhos vezes suficientes para vermos as cores da bandeira que nos inspira e seguir o seu exemplo, flutuando livremente ao vento, longe de gente de verdadeiro mau gosto e ministros cinzentos que preferem apostar em todos os subornos e chantagens exteriores, em vez de apostar na gente e no País que já têm.